A diferença é a planta produtora da uva. Videiras pertencentes ao gênero Vitis, que conta com mais de quarenta espécies, entre as quais a Vitis vinífera, que, por sua vez, tem outras milhares de variedades, dentre as quais as famosas Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay, também chamadas de uvas finas.
As Vitis labrusca, Vitis rupestris, Vitis riparia e Vitis bourquina são as chamadas uvas de mesa. As de mesa são mais adequadas para o consumo direto, para produção de sucos e uvas passas, mas também são capazes de produzir vinho, contanto a qualidade é inferior quando comparamos com as uvas finas.
Quando se deparar com os termos “Vinho de Mesa” e “Vinho Fino“, saiba então que servem para distinguir vinhos feitos a partir da espécie Vitis vinífera e os feitos com outras espécies. Sem saber essa diferença, poderá estar adquirindo um vinho de menor qualidade e se frustrar com o resultado.
Curiosamente por fatores econômicos ou culturais, o Brasil é um dos poucos países que permite a produção de vinhos com uvas de mesa. Durante o período colonial, as cepas de Vitis vinifera tiveram dificuldades para serem cultivadas, levando então as Vitis labrusca, Vitis rupestris, Vitis riparia e Vitis bourquina a se tornarem mais difundidas.
O vinho produzido a partir das uvas de mesa, tem aromas rústicos e paladar muito intenso. Caíram no gosto popular do brasileiro por favorecer o consumo em grande volume e pelo menor valor e não por suas qualidades.
Vinhos finos são em geral límpidos e brilhantes, lembrando frutas, notas florais e uma infinidade de outras percepções, enquanto os de mesa são opacos, com aromas fortes e sabores simples.
Sabendo disso, leia o rótulo e contra rótulo com atenção, afim de se certificar de que vai estar levando o vinho que deseja.
Deixe seu Comentário
Visualizações dos Comentários